04/09/2007 11h26 - Atualizado em 05/10/2016 11h20

Seminário discute espécies exóticas invasoras no Estado

O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) promove, nesta quarta-feira (05), um seminário sobre controle de espécies exóticas invasoras em Unidades de Conservação (UCs). O encontro acontece no Parque Estadual de Itaúnas, em Conceição da Barra, até a próxima quinta-feira (06), e é ministrado por Sílvia Ziller, do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental.

Este seminário é o segundo treinamento sobre o assunto no Estado e é destinado a técnicos que trabalham na parte operacional das Unidades de Conservação, ou seja, com manejo e manutenção das áreas naturais.

Apesar de ter relação direta com a vida de muitos brasileiros, o tema ainda é pouco discutido no País. Doenças como a febre amarela, dengue e a malária, por exemplo, são provocadas por espécies exóticas invasoras. Os cofres públicos chegam a gastar cerca de 2,3 bilhões de dólares por ano com medidas de combate a doenças provocadas por exóticas. Na agricultura, os gastos chegam a 42,6 bilhões de dólares por ano.

Pioneirismo

O Espírito Santo é o primeiro Estado a iniciar um trabalho em grande escala relacionado a invasões biológicas, ou espécies exóticas invasoras. Uma das ações é a implantação de uma estratégia estadual para controle destas espécies. Para tanto, o Iema firmou um convênio, no mês de agosto, com o Instituto Hórus, considerado referência nacional no assunto.

O objetivo da estratégia estadual é prevenir a introdução de novas espécies e controlar e erradicar aquelas que já se encontram no Estado. As principais metas do plano são a formação do Fórum Estadual sobre espécies exóticas invasoras, a elaboração e implementação de planos de ação nas Unidades de Conservação do Estado, a sistematização de dados e elaboração de instrumentos normativos e a produção de material informativo.

Outra ação desenvolvida no Espírito Santo com relação às exóticas diz respeito ao trabalho de um grupo de discussão, composto por gestores de todas as Unidades de Conservação do Estado, incluindo as federais, as estaduais e as municipais, e alguns proprietários de Reservas Particulares.

Exóticas

Espécies exóticas invasoras são aquelas que ocorrem fora de seu hábitat natural, geralmente conduzidas pelas mãos do homem. Estas espécies adaptam-se ao novo ambiente e passam a se reproduzir, dominando o local, o que tende a eliminar as nativas. Além de prejudicar o equilíbrio dos ecossistemas, traz danos à saúde por meio das doenças relacionadas, e prejudica sistemas de produção agrícola.

A dispersão destas invasoras é hoje reconhecida como uma das maiores ameaças ao bem-estar ecológico e econômico do planeta e se equiparam aos impactos das mudanças climáticas.

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