25/02/2015 14h05 - Atualizado em 05/10/2016 12h44

Missão africana vem ao Estado para aprender sobre Pagamento por Serviços Ambientais

Um grupo de técnicos da Etiópia e Moçambique estará no Espírito Santo, nesta sexta-feira (27), com o objetivo de conhecer e aprender sobre o mecanismo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), utilizado pelo Programa Reflorestar, coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

A visita da missão africana ao Brasil tem cunho técnico e é organizada pelo Banco Mundial, que considerou importante a vinda ao Espírito Santo em função dos avanços alcançados com as políticas de apoio aos produtores rurais no Estado. O objetivo é verificar a possibilidade de replicar a metodologia de atuação do Programa Reflorestar, considerada referência nos países da África.

“Isso demonstra que nossa experiência vem alcançando grande projeção. A questão da água é tema relevante nesse momento em quase todo o país, quando discutimos medidas para reduzir os efeitos da escassez hídrica. E o Espírito Santo possui um programa que se tornou referência internacional”, disse o gerente do Programa Reflorestar, Marcos Sossai.

Programa Reflorestar

O objetivo do Programa Reflorestar é manter, recuperar e ampliar a cobertura florestal do Estado visando garantir a disponibilidade de água, a conservação do solo e a biodiversidade, criando oportunidade de renda para os produtores rurais.
Ou seja, o programa apresenta uma estratégia de conservação e, ao mesmo tempo, de aumento de renda para os produtores rurais utilizando o mecanismo de PSA, que no Espírito Santo é política pública desde 2008.

O Programa Reflorestar tem capacidade para atender a 1.830 produtores rurais em 2015, permitindo o início de práticas de plantio e/ou recuperação de cerca de 9.150 hectares de novas florestas a partir do próximo período de chuvas, com um investimento da ordem R$ 33,6 milhões na forma de PSA. Já recebem recursos do Reflorestar 153 produtores rurais, representando um investimento inicial de, aproximadamente, R$ 1,8 milhão para a preservação e recuperação de 800 hectares.

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