14/04/2014 11h32 - Atualizado em
05/10/2016 12h17
Iema conclui relatório sobre incêndio no Parque Paulo Cesar Vinha
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) concluiu na última semana o relatório sobre o incêndio ocorrido no Parque Estadual Paulo Cesar Vinha, em março deste ano. O documento revela que 599 hectares foram queimados e descreve com maior precisão os tipos de vegetação mais afetados. O próximo passo é a elaboração de um Plano de Recuperação para a região.
A origem do fogo foi identificada no limite norte do Parque, na divisa com o bairro Recanto da Sereia (km 29 da Rodovia do Sol), no dia 20 de março. O incêndio durou sete dias, sendo controlado no dia 22 e extinto no dia 26. A direção e intensidade do vento, o longo período de estiagem, baixa umidade do ar e o tipo de vegetação (brejo) contribuíram para que ele se alastrasse com facilidade nos primeiros dias. Ou seja, com pouca chuva e muito calor, a região de alagado concentrava grande presença de matéria orgânica na ocasião.
Houve danos diretos e indiretos à fauna local. O incêndio foi responsável pela morte de um grande número de espécimes e desestruturou comunidades de animais que residem ou se utilizam da unidade em função de mortes ou fugas.
Os mais afetados foram aqueles com baixa mobilidade (formigas, cupins, libélulas, caracóis, cobras, sapos, entre outros). Apesar da boa capacidade de deslocamento, as aves e mamíferos também sofreram. Foram observados animais mortos após o incêndio, capivaras, ouriços e pequenos roedores, e muitos ninhos foram destruídos.
Participaram da ação de combate ao fogo, equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e das equipes que atuam em Unidades de Conservação gerenciadas pelo Iema. A rápida articulação se deu por meio do Programa de Combate a Incêndios Florestais (Prevines) e os servidores públicos do órgão atuaram uniformizados e devidamente equipados (bombas d’água, abafadores, mangueiras, motobombas, quadricíclos, etc).
“Comparando com o incêndio de 2008, quando 400 hectares foram queimados, houve um grande avanço quanto à estruturação do Iema em relação à aquisição de equipamentos de combate ao fogo, além de melhorias nos acessos a alguns pontos da unidade que facilitou a ação das equipes, e certamente, contribuiu na diminuição da área atingida”, comentou o diretor-presidente do Iema, Tarcísio Föeger.
Recuperação:
Para dar início aos trabalhos de recuperação do Parque, a Comissão de Recuperação de Ecossistemas do Iema irá elaborar um Plano de Recuperação em conjunto com a gestão do Parque. Ele indicará a necessidade de plantio, controle de espécies exóticas - vegetação não originária da região, e como será feito o monitoramento no local. Ainda este mês, serão realizadas novas vistorias na unidade com vistas à elaboração do documento.
O relatório do incêndio identificou que aproximadamente 418 hectares do que foi atingido era de região brejosa, área que depende de regeneração natural. Cabe ressaltar que mais de 470 hectares dos 1.500 do Parque é composto por este tipo de vegetação. A segunda parte mais afetada representa a floresta periodicamente inundada (45 ha) e depois a aberta de clúsia (33 ha).
Informações à Imprensa:
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação Seama/Iema:
(27) 3636-2591 / 3636-2592
Imprensa:
Amanda Amaral – (27) 99977-1012
Jovana Mazioli Saccani – (27) 99844-4831
Texto: Amanda Amaral
meioambiente.es@gmail.com
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A origem do fogo foi identificada no limite norte do Parque, na divisa com o bairro Recanto da Sereia (km 29 da Rodovia do Sol), no dia 20 de março. O incêndio durou sete dias, sendo controlado no dia 22 e extinto no dia 26. A direção e intensidade do vento, o longo período de estiagem, baixa umidade do ar e o tipo de vegetação (brejo) contribuíram para que ele se alastrasse com facilidade nos primeiros dias. Ou seja, com pouca chuva e muito calor, a região de alagado concentrava grande presença de matéria orgânica na ocasião.
Houve danos diretos e indiretos à fauna local. O incêndio foi responsável pela morte de um grande número de espécimes e desestruturou comunidades de animais que residem ou se utilizam da unidade em função de mortes ou fugas.
Os mais afetados foram aqueles com baixa mobilidade (formigas, cupins, libélulas, caracóis, cobras, sapos, entre outros). Apesar da boa capacidade de deslocamento, as aves e mamíferos também sofreram. Foram observados animais mortos após o incêndio, capivaras, ouriços e pequenos roedores, e muitos ninhos foram destruídos.
Participaram da ação de combate ao fogo, equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e das equipes que atuam em Unidades de Conservação gerenciadas pelo Iema. A rápida articulação se deu por meio do Programa de Combate a Incêndios Florestais (Prevines) e os servidores públicos do órgão atuaram uniformizados e devidamente equipados (bombas d’água, abafadores, mangueiras, motobombas, quadricíclos, etc).
“Comparando com o incêndio de 2008, quando 400 hectares foram queimados, houve um grande avanço quanto à estruturação do Iema em relação à aquisição de equipamentos de combate ao fogo, além de melhorias nos acessos a alguns pontos da unidade que facilitou a ação das equipes, e certamente, contribuiu na diminuição da área atingida”, comentou o diretor-presidente do Iema, Tarcísio Föeger.
Recuperação:
Para dar início aos trabalhos de recuperação do Parque, a Comissão de Recuperação de Ecossistemas do Iema irá elaborar um Plano de Recuperação em conjunto com a gestão do Parque. Ele indicará a necessidade de plantio, controle de espécies exóticas - vegetação não originária da região, e como será feito o monitoramento no local. Ainda este mês, serão realizadas novas vistorias na unidade com vistas à elaboração do documento.
O relatório do incêndio identificou que aproximadamente 418 hectares do que foi atingido era de região brejosa, área que depende de regeneração natural. Cabe ressaltar que mais de 470 hectares dos 1.500 do Parque é composto por este tipo de vegetação. A segunda parte mais afetada representa a floresta periodicamente inundada (45 ha) e depois a aberta de clúsia (33 ha).
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