07/10/2009 14h11 - Atualizado em
05/10/2016 11h45
Utilização de resíduos orgânicos na agricultura é tema de Congresso Brasileiro em Vitória
Utilização de resíduos orgânicos na agricultura é tema de Congresso Brasileiro em Vitória
Lodo de tratamento de esgoto, águas residuárias provenientes do processamento de café, esterco de boi e de galinha, fibras de casca de coco, vinhaça resultante da produção de açúcar e álcool, resíduos orgânicos domiciliares, compostagem de resíduos agrícolas, cinzas de produção de cerâmica, resíduos agroindustriais e de podas de árvores ornamentais são exemplos de produtos com alto potencial poluidor que, quando utilizados na adubação de lavouras, passam a ter uso sustentável.
Para discutir as novidades do setor, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), traz para Vitória a primeira edição do Congresso Brasileiro de Resíduos Orgânicos, que será realizado nesta quinta (08) e sexta-feira (09), no Hotel Canto do Sol, no bairro Jardim Camburi.
O evento conta com 18 palestras técnicas, em que renomados profissionais da área vão apresentar experiências desenvolvidas em diferentes regiões do País. Entre eles, o diretor-presidente em exercício do Iema, Aladim Fernando Cerqueira, que participa como coordenador e debatedor do painel sobre Gestão Ambiental de Resíduos Orgânicos, na sexta-feira (08).
Resíduo orgânico é tudo o que pode ser decomposto. Quando decompostos e transformados em adubo, esses resíduos devem ser isentos de contaminação. Para isso, cada tipo de resíduo exige certo preparo, antes de ser encaminhado para a lavoura.
De acordo com Cerqueira, o evento irá esclarecer e informar os setores produtivos geradores destes resíduos. “Estes setores, principalmente, os que estão ligados ao agronegócio e saneamento, enfrentam desafios com relação ao destino dos resíduos. O congresso é importante, pois irá trazer informações e esclarecimentos de como aprimorar a gestão sobre a questão”, disse.
No evento também haverá exposição de 60 trabalhos técnico-científicos, realizados por pesquisadores brasileiros.
Lodo: caso de sucesso do Espírito Santo
Um dos trabalhos que serão apresentados no Congresso é a utilização do lodo retirado das estações de tratamento de esgoto. O resíduo – cuja disposição final representa um grave problema ambiental – está sendo estudado. O trabalho, desenvolvido por pesquisadores do Incaper em parceria com técnicos da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), já mostra resultados.
Segundo a pesquisadora do Incaper Adelaide da Costa, a utilização do adubo proveniente do lodo em lavouras de goiaba possibilita uma produção de 22 toneladas por hectare, a mesma produtividade média das lavouras que utilizam adubação convencional. “O lodo tem quantidade de nitrogênio equivalente ao esterco de boi. Se ao lodo seco forem adicionados componentes, a produtividade da goiaba pode ser ainda maior”, comemora.
Além da goiaba, os estudos avaliam a utilização do lodo como adubo em lavouras de cana-de-açúcar, abacaxi, café Conilon e arábica, banana, eucalipto, seringueira e palmeira real. As lavouras experimentais estão distribuídas nas regiões Serrana, Sul e Norte.
“Além de se ter potencial para se transformar em um grande negócio, o resultado social da utilização de resíduos orgânicos como adubo tem valor intangível. Transformar produtos que podem poluir o meio ambiente em um produto sustentável é o que o mundo busca”, explica Aureliano Nogueira da Costa, pesquisador do Incaper, presidente do Congresso e atual diretor-técnico da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Fapes).
De acordo com o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, o Congresso representa a oportunidade de uma reflexão quanto aos conceitos tradicionais do uso e ocupação do solo e uma discussão sobre caminhos e métodos alternativos, baseados em pesquisa.
“E nesse novo modelo de agricultura, o Congresso cumpre um importante papel de reunir conhecimentos que substituam o convencional, a partir do pilar da sustentabilidade – ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo. O Incaper não apenas acredita nesse novo cenário, mas traz como premissa esses conceitos. E convoca a todos a contribuir para a nova era da agricultura, onde tudo é reaproveitado, sempre pautado pelo conhecimento científico e pela assistência técnica dos agricultores familiares – as razões da existência do Instituto,” destaca Evair de Melo.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Incaper
Lorena Fraga
lorenafraga@incaper.es.gov.br
Tels.: (27) 3137-9868 / 9866 / 9888 / 9850-2210
Assessoria de Comunicação Seama/Iema
Daniela Klein
(27) 3136-3491/ 9844-4831
meioambiente.es@gmail.com
Lodo de tratamento de esgoto, águas residuárias provenientes do processamento de café, esterco de boi e de galinha, fibras de casca de coco, vinhaça resultante da produção de açúcar e álcool, resíduos orgânicos domiciliares, compostagem de resíduos agrícolas, cinzas de produção de cerâmica, resíduos agroindustriais e de podas de árvores ornamentais são exemplos de produtos com alto potencial poluidor que, quando utilizados na adubação de lavouras, passam a ter uso sustentável.
Para discutir as novidades do setor, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), traz para Vitória a primeira edição do Congresso Brasileiro de Resíduos Orgânicos, que será realizado nesta quinta (08) e sexta-feira (09), no Hotel Canto do Sol, no bairro Jardim Camburi.
O evento conta com 18 palestras técnicas, em que renomados profissionais da área vão apresentar experiências desenvolvidas em diferentes regiões do País. Entre eles, o diretor-presidente em exercício do Iema, Aladim Fernando Cerqueira, que participa como coordenador e debatedor do painel sobre Gestão Ambiental de Resíduos Orgânicos, na sexta-feira (08).
Resíduo orgânico é tudo o que pode ser decomposto. Quando decompostos e transformados em adubo, esses resíduos devem ser isentos de contaminação. Para isso, cada tipo de resíduo exige certo preparo, antes de ser encaminhado para a lavoura.
De acordo com Cerqueira, o evento irá esclarecer e informar os setores produtivos geradores destes resíduos. “Estes setores, principalmente, os que estão ligados ao agronegócio e saneamento, enfrentam desafios com relação ao destino dos resíduos. O congresso é importante, pois irá trazer informações e esclarecimentos de como aprimorar a gestão sobre a questão”, disse.
No evento também haverá exposição de 60 trabalhos técnico-científicos, realizados por pesquisadores brasileiros.
Lodo: caso de sucesso do Espírito Santo
Um dos trabalhos que serão apresentados no Congresso é a utilização do lodo retirado das estações de tratamento de esgoto. O resíduo – cuja disposição final representa um grave problema ambiental – está sendo estudado. O trabalho, desenvolvido por pesquisadores do Incaper em parceria com técnicos da Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), já mostra resultados.
Assessoria de Comunicação / Incaper
O estudo avalia o uso do lodo em várias culturas, como frutas e café.
Segundo a pesquisadora do Incaper Adelaide da Costa, a utilização do adubo proveniente do lodo em lavouras de goiaba possibilita uma produção de 22 toneladas por hectare, a mesma produtividade média das lavouras que utilizam adubação convencional. “O lodo tem quantidade de nitrogênio equivalente ao esterco de boi. Se ao lodo seco forem adicionados componentes, a produtividade da goiaba pode ser ainda maior”, comemora.
Além da goiaba, os estudos avaliam a utilização do lodo como adubo em lavouras de cana-de-açúcar, abacaxi, café Conilon e arábica, banana, eucalipto, seringueira e palmeira real. As lavouras experimentais estão distribuídas nas regiões Serrana, Sul e Norte.
“Além de se ter potencial para se transformar em um grande negócio, o resultado social da utilização de resíduos orgânicos como adubo tem valor intangível. Transformar produtos que podem poluir o meio ambiente em um produto sustentável é o que o mundo busca”, explica Aureliano Nogueira da Costa, pesquisador do Incaper, presidente do Congresso e atual diretor-técnico da Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Fapes).
De acordo com o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, o Congresso representa a oportunidade de uma reflexão quanto aos conceitos tradicionais do uso e ocupação do solo e uma discussão sobre caminhos e métodos alternativos, baseados em pesquisa.
“E nesse novo modelo de agricultura, o Congresso cumpre um importante papel de reunir conhecimentos que substituam o convencional, a partir do pilar da sustentabilidade – ambientalmente correto, economicamente viável e socialmente justo. O Incaper não apenas acredita nesse novo cenário, mas traz como premissa esses conceitos. E convoca a todos a contribuir para a nova era da agricultura, onde tudo é reaproveitado, sempre pautado pelo conhecimento científico e pela assistência técnica dos agricultores familiares – as razões da existência do Instituto,” destaca Evair de Melo.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação/Incaper
Lorena Fraga
lorenafraga@incaper.es.gov.br
Tels.: (27) 3137-9868 / 9866 / 9888 / 9850-2210
Assessoria de Comunicação Seama/Iema
Daniela Klein
(27) 3136-3491/ 9844-4831
meioambiente.es@gmail.com