26/03/2008 11h50 - Atualizado em
05/10/2016 11h22
Projeto Florestas para a Vida vai beneficiar propriedades rurais nas Bacias dos Rios Jucu e Santa Maria da Vitória
Recuperar áreas prioritárias para a conservação dos recursos hídricos nas Bacias Hidrográficas dos Rios Jucu e Santa Maria da Vitória. Esse é o principal objetivo do projeto Florestas para a Vida, que recebe esta semana uma missão avaliadora do Banco Mundial, um de seus investidores, por meio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).
A visita da missão visa realizar ajustes no projeto, que deverá ser aprovado pelo GEF até julho deste ano, para então começar a ser executado no Espírito Santo.
“Para a aprovação do projeto, tivemos de obedecer a vários trâmites do Banco Mundial, em que estão incluídos estudos complexos, que abordam aspectos sociais, ambientais, pagamento por serviços ambientais, dentre outros vários quesitos”, explicou o coordenador do Florestas pra a Vida, o analista do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Marcos Sossai.
Segundo o economista de meio ambiente que compõe a comitiva do Banco Mundial, Gunars Platais, um dos principais motivos para a instituição investir no projeto é o fato de ter como mecanismo de ação o pagamento por serviços ambientais, um instrumento que vem sendo utilizado mundialmente.
“Apoiamos esse tipo de projeto há 12 anos. O mais famoso deles é um que acontece na Costa Rica. Usar esse instrumento tem sido uma tendência mundial, já que tem se mostrado uma forma eficaz de induzir à conservação do meio ambiente”, observou Gunars. De acordo com ele, por meio desse mecanismo, é mais fácil convencer um proprietário rural, por exemplo, a fazer a restauração de uma área.
O pagamento por serviços ambientais é um instrumento que tem como objetivo reconhecer os serviços prestados, por intermédio da conservação do meio ambiente. No caso de florestas plantadas, pode-se ter como ganho o melhoramento do solo, permitindo maior infiltração de água. Outro exemplo é a restauração de mata ciliar – localizada na margem dos rios – que previne o assoreamento e consequentemente a qualidade dos recursos dos corpos d´água.
No caso do projeto Florestas para a Vida, quem receberá esses recursos financeiros são proprietários rurais que estão em áreas prioritárias no Estado, as bacias hidrográficas dos Rios Jucu e Santa Maria da Vitória, já que abastecem a população da Grande Vitória.
O projeto é uma parceria público-privada firmada entre o Governo do Espírito Santo, organizações não governamentais e setor empreendedor, que juntos investirão US$ 12 milhões em sua execução.
Execução
Ainda neste ano começarão os trabalhos com as propriedades rurais, que serão eleitas levando-se em conta áreas prioritárias para conservação das águas e biodiversidade das Bacias do Jucu e Santa Maria. A adesão ao projeto será espontânea e os proprietários receberão orientação técnica para substituir práticas tradicionais de manejo por aquelas sustentáveis. O envolvimento desses proprietários se dará principalmente pelos Comitês das Bacias Hidrográficas.
O projeto será executado em quatro anos. Um exemplo de ações que poderão ser implantadas nas propriedades é o uso do solo para pastagem, aliado à cobertura florestal. Segundo o diretor de Recursos Hídricos do Iema, Fábio Ahnert, não só o meio ambiente será beneficiado com a mudança.
Fábio explica que nesse exemplo “o meio ambiente ganha porque o solo vai absorver melhor a água da chuva, o que alimenta o lençol freático e carreia menos terra para o rio, evitando o assoreamento. Também ganha o produtor, que terá um rio mais limpo para captar água e ainda se beneficia quem está na cidade aonde essa água chega com menos sedimento e em maior quantidade”.
Pagamento
O produtor rural que aderir ao projeto ainda vai receber um incentivo financeiro como forma de pagamento pelos serviços ambientais que prestar, quando fizer o manejo sustentável de sua propriedade. Um exemplo é a prevenção ao assoreamento.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação / Seama - Iema
Djeisan Lettieri
Tels: (27) 3136-3444 / 8827-3973
E-mail:comunicacao@seama.es.gov.br
A visita da missão visa realizar ajustes no projeto, que deverá ser aprovado pelo GEF até julho deste ano, para então começar a ser executado no Espírito Santo.
“Para a aprovação do projeto, tivemos de obedecer a vários trâmites do Banco Mundial, em que estão incluídos estudos complexos, que abordam aspectos sociais, ambientais, pagamento por serviços ambientais, dentre outros vários quesitos”, explicou o coordenador do Florestas pra a Vida, o analista do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Marcos Sossai.
Segundo o economista de meio ambiente que compõe a comitiva do Banco Mundial, Gunars Platais, um dos principais motivos para a instituição investir no projeto é o fato de ter como mecanismo de ação o pagamento por serviços ambientais, um instrumento que vem sendo utilizado mundialmente.
“Apoiamos esse tipo de projeto há 12 anos. O mais famoso deles é um que acontece na Costa Rica. Usar esse instrumento tem sido uma tendência mundial, já que tem se mostrado uma forma eficaz de induzir à conservação do meio ambiente”, observou Gunars. De acordo com ele, por meio desse mecanismo, é mais fácil convencer um proprietário rural, por exemplo, a fazer a restauração de uma área.
O pagamento por serviços ambientais é um instrumento que tem como objetivo reconhecer os serviços prestados, por intermédio da conservação do meio ambiente. No caso de florestas plantadas, pode-se ter como ganho o melhoramento do solo, permitindo maior infiltração de água. Outro exemplo é a restauração de mata ciliar – localizada na margem dos rios – que previne o assoreamento e consequentemente a qualidade dos recursos dos corpos d´água.
No caso do projeto Florestas para a Vida, quem receberá esses recursos financeiros são proprietários rurais que estão em áreas prioritárias no Estado, as bacias hidrográficas dos Rios Jucu e Santa Maria da Vitória, já que abastecem a população da Grande Vitória.
O projeto é uma parceria público-privada firmada entre o Governo do Espírito Santo, organizações não governamentais e setor empreendedor, que juntos investirão US$ 12 milhões em sua execução.
Execução
Ainda neste ano começarão os trabalhos com as propriedades rurais, que serão eleitas levando-se em conta áreas prioritárias para conservação das águas e biodiversidade das Bacias do Jucu e Santa Maria. A adesão ao projeto será espontânea e os proprietários receberão orientação técnica para substituir práticas tradicionais de manejo por aquelas sustentáveis. O envolvimento desses proprietários se dará principalmente pelos Comitês das Bacias Hidrográficas.
O projeto será executado em quatro anos. Um exemplo de ações que poderão ser implantadas nas propriedades é o uso do solo para pastagem, aliado à cobertura florestal. Segundo o diretor de Recursos Hídricos do Iema, Fábio Ahnert, não só o meio ambiente será beneficiado com a mudança.
Fábio explica que nesse exemplo “o meio ambiente ganha porque o solo vai absorver melhor a água da chuva, o que alimenta o lençol freático e carreia menos terra para o rio, evitando o assoreamento. Também ganha o produtor, que terá um rio mais limpo para captar água e ainda se beneficia quem está na cidade aonde essa água chega com menos sedimento e em maior quantidade”.
Pagamento
O produtor rural que aderir ao projeto ainda vai receber um incentivo financeiro como forma de pagamento pelos serviços ambientais que prestar, quando fizer o manejo sustentável de sua propriedade. Um exemplo é a prevenção ao assoreamento.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação / Seama - Iema
Djeisan Lettieri
Tels: (27) 3136-3444 / 8827-3973
E-mail:comunicacao@seama.es.gov.br