22/01/2015 14h09 - Atualizado em 05/10/2016 12h44

Pinguim resgatado fora de temporada recebe tratamento no ES

Um pinguim-de-magalhães remanescente da temporada anterior chegou ao Centro de Reabilitação de Animais de Marinhos, localizado na sede do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) nesta segunda-feira (19).

A ave foi resgatada no último sábado (17), em Rio das Ostras, no litoral Norte do Rio de Janeiro, e é o primeiro a chegar ao Estado desde 2014. O pinguim está sendo tratado pela equipe do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), que atua em parceria com o Iema.

“A temporada de chegada dos pinguins no litoral capixaba é partir do final do mês de junho, no entanto, isso não ocorreu. Os pesquisadores ainda estão analisando as possíveis causas da não chegada dos pinguins ao Espírito Santo no ano passado”, explicou a coordenadora do Grupo de Fauna do Iema, Tainan Bezerra Oliveira.

Segundo Luis Felipe Mayorga, médico veterinário do Ipram, o pinguim-de-magalhães resgatado está em bom estado de saúde, porém magro e com a plumagem degradada, e não pode ser solto no litoral capixaba sozinho, pois se torna mais vulnerável. “Ele será mantido no Ipram até julho, quando outros pinguins devem chegar ao Estado. Receberá medicamentos antifúngicos e antibióticos, além de tratamento para ganhar peso contribuindo para a troca de penas”, afirma.

Caso nos próximos meses não encalhe de pinguins no litoral capixaba, o animal pode ser encaminhado para outra instituição que possua um grupo de animais aptos a serem soltos. Há pinguins resgatados fora de temporada em São Paulo e no Rio Grande do Sul.

Pinguins-de-Magalhães

Os pinguins que costumam encalhar nas praias brasileiras durante o inverno são da espécie Spheniscus magellanicus, popularmente conhecidos como pinguins-de-magalhães. Eles vivem em colônias na Patagônia, na Argentina, e se alimentam de peixes como anchova e sardinha.

Quando atingem a juventude, sobem a costa do Atlântico em direção ao Norte, em busca de alimento. Da Patagônia à costa capixaba, eles percorrem mais de 3,5 mil quilômetros.
Desde 2006, os pinguins têm chegado ao litoral do Espírito Santo em quantidade considerável. Dentre os fatores que estão sendo estudados por especialistas para explicar seu aparecimento na costa capixaba estão o fenômeno La Niña, que influencia as correntes marítimas, e a pesca predatória, que diminui a oferta de peixes.



Divulgação Iema



Esses pinguins vivem em colônias na Patagônia, na Argentina, e se alimentam de peixes como anchova e sardinha



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