Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) estão desenvolvendo na Grande Vitória uma pesquisa com auxílio do Núcleo de Fauna do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) sobre os saguis-da-cara-branca (Callithrix geofroyi). A pesquisa avalia a saúde dos animais e a influência do contato deles com pessoas ou animais domésticos.

Recentemente, uma população deste animal que habita a mata localizada na sede do Iema, em Cariacica, passou por avaliação. Foram realizados exames em seis saguis no mês de maio.

Os primeiros resultados encontrados apresentaram parâmetros corporais e clínicos normais, indicando que o grupo está saudável. Ou seja, até o momento nada indica impacto significativo nesta população em função da interação dela com o homem.

É comum o hábito de alimentar os saguis que habitam matas próximas a centros urbanos. Porém, isso pode ser prejudicial para o animal, já que seu balanço nutricional pode ser alterado ocasionando carência de vitaminas, por exemplo. Além disso, há risco deles se contaminaram com doenças como a herpes, que é fatal para os saguis. Há casos na Grande Vitória em que populações já foram extintas por este motivo.

Cabe ressaltar que os saguis não se alimentam exclusivamente de frutos, como muitas pessoas pensam. Eles também comem insetos, invertebrados de pequeno porte, gomas de árvores e ovos de pássaros.

A pesquisa é desenvolvida pela bióloga e doutora Ita de Oliveira e Silva, o médico veterinário e doutorando Vinícius Herold Dornellas e Silva, e as biólogas Fernanda Fátima Rodrigues e Silva e Milene Figueiras. A agente de Desenvolvimento Ambiental e dos Recursos Hídricos do Iema, a bióloga Tainan Bezerra Oliveira, está acompanhando as atividades.

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