15/12/2006 08h40 - Atualizado em
05/10/2016 11h19
Governo promove ação para a recuperação da Bacia do Rio Doce
Nesta segunda-feira (18) acontece a assinatura do convênio para elaboração dos Planos de Recursos Hídricos e do Termo de Cooperação Técnica para gestão da Bacia Hidrográfica do Rio Doce. O evento será no Instituto Terra, na cidade de Aimorés (MG) às 13 horas.
O convênio será assinado entre o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a (ANA) Agência Nacional das Águas, que se comprometem a investir os recursos necessários para a elaboração desses Planos. O projeto fará um levantamento dos problemas e prioridades da Bacia, levando em consideração o crescimento populacional, a evolução de empreendimentos e a demanda do uso da água.
Diante dos cenários encontrados, os Planos irão propor ações de conscientização ambiental e de recuperação como tratamento de esgoto, melhorias no manejo das propriedades rurais, conservação e revitalização das nascentes, entre outras.
Além disso, propõe um monitoramento da quantidade e qualidade da água. Com isto será possível dar mais eficiência ao sistema de alerta de prevenção de enchentes, como as que estão ocorrendo nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo atualmente, justamente na Bacia do Rio Doce.
Esse sistema de alerta é operado pela ANA e a Defesa Civil atua avisando à população sobre os riscos de enchentes. Com as melhorias neste sistema, que serão propostas no Plano, a população será comunicada mais rapidamente sobre as enchentes, podendo se retirar das áreas possíveis de alagamentos antecipadamente.
Na cerimônia de assinatura dos documentos estarão presentes representantes do Iema, Igam e ANA e dos nove comitês dos afluentes e do Comitê da Bacia do Rio Doce.
Bacia do Rio Doce: riqueza e escassez convivem juntas
A Bacia do Doce, apesar de já ter contado com rios caudalosos no passado, sofre atualmente com a degradação ambiental, assoreamento, lançamento de esgoto, de efluentes industriais e agrícolas, entre outros. Isso prejudica quem depende do rio para sobreviver como os agricultores e a própria população que se abastece de suas águas.
A Bacia é também fonte de renda, já que abriga o maior complexo siderúrgico da América do Sul e um dos 20 maiores do mundo, que produz 10 milhões de toneladas de aço por ano. Outro recurso é o café. A Bacia do Rio Doce é responsável por cerca de 8% do volume exportado, em duas linhas diferentes de café: robusta e arábica.
A Bacia Hidrográfica do Rio Doce conta com cerca de 83.400 km2, dos quais 86% pertencem ao Estado de Minas Gerais e o restante ao Espírito Santo. Abrange, total ou parcialmente, áreas de 228 municípios, sendo 202 mineiros e 26 capixabas.
Possui uma população total de 3,1 milhões de habitantes, sendo que 68,7% estão em área urbana. O êxodo rural é generalizado na Bacia. Entre os anos de 1970 e 1991 a região perdeu 615.000 habitantes, segundo dados do IBGE. Na região do médio Rio Doce, entre Tumiritinga e Aimorés (MG), houve uma redução demográfica da ordem de 40% no mesmo período (IBGE).
Em decorrência, há uma tendência de diminuição populacional nos municípios com população de até 20.000 habitantes, que representam cerca de 93% naqueles localizados na Bacia do Rio Doce.
Cobertura vegetal
A Bacia era originalmente coberta por Mata Atlântica. Devida a intensa devastação, o revestimento florístico (parte da fitogeografia que trata particularmente das famílias, gêneros e espécies ocorrentes numa determina região) originário basicamente na área do Parque Estadual do Rio Doce. As demais matas correspondem a uma vegetação que sofreu influência antrópica intensa (vegetação resultante da ação do homem sobre a natural), constituindo-se em vegetação secundária. Estima-se que menos de 7% da área possui hoje cobertura vegetal.
Segundo pesquisas realizadas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), 95% das terras da Bacia constituem pastos e capoeiras, demonstrando a predominância da atividade pecuária. As florestas plantadas, constituídas principalmente por espécies do gênero Eucaliptus são expressivas Devido às características dos solos da Bacia do Rio Doce e ao manejo inadequado, a erosão tem se tornado um dos maiores problemas ambientais na região.
Problemas ambientais
O Rio Doce representa o maior manancial de água doce no Espírito Santo, e flui com declividades menores, formando vastas áreas assoreadas em seu leito. Os sólidos suspensos e o lixo em suas águas têm causado sérios danos ambientais em seu estuário, região de desova da tartaruga marinha, monitorada pelo projeto Tamar.
Na zona rural encontram-se vastas áreas em estado avançado de desertificação, lagoas eutrofizadas, nascentes desprotegidas e processos erosivos. Da cobertura vegetal original, mais de 90% foram extintas.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação / Seama
Tels: (27) 3136-3491 / 3136-3495
E-Mails:comunicacao@seama.es.gov.br
O convênio será assinado entre o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) e a (ANA) Agência Nacional das Águas, que se comprometem a investir os recursos necessários para a elaboração desses Planos. O projeto fará um levantamento dos problemas e prioridades da Bacia, levando em consideração o crescimento populacional, a evolução de empreendimentos e a demanda do uso da água.
Diante dos cenários encontrados, os Planos irão propor ações de conscientização ambiental e de recuperação como tratamento de esgoto, melhorias no manejo das propriedades rurais, conservação e revitalização das nascentes, entre outras.
Além disso, propõe um monitoramento da quantidade e qualidade da água. Com isto será possível dar mais eficiência ao sistema de alerta de prevenção de enchentes, como as que estão ocorrendo nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo atualmente, justamente na Bacia do Rio Doce.
Esse sistema de alerta é operado pela ANA e a Defesa Civil atua avisando à população sobre os riscos de enchentes. Com as melhorias neste sistema, que serão propostas no Plano, a população será comunicada mais rapidamente sobre as enchentes, podendo se retirar das áreas possíveis de alagamentos antecipadamente.
Na cerimônia de assinatura dos documentos estarão presentes representantes do Iema, Igam e ANA e dos nove comitês dos afluentes e do Comitê da Bacia do Rio Doce.
Bacia do Rio Doce: riqueza e escassez convivem juntas
A Bacia do Doce, apesar de já ter contado com rios caudalosos no passado, sofre atualmente com a degradação ambiental, assoreamento, lançamento de esgoto, de efluentes industriais e agrícolas, entre outros. Isso prejudica quem depende do rio para sobreviver como os agricultores e a própria população que se abastece de suas águas.
A Bacia é também fonte de renda, já que abriga o maior complexo siderúrgico da América do Sul e um dos 20 maiores do mundo, que produz 10 milhões de toneladas de aço por ano. Outro recurso é o café. A Bacia do Rio Doce é responsável por cerca de 8% do volume exportado, em duas linhas diferentes de café: robusta e arábica.
A Bacia Hidrográfica do Rio Doce conta com cerca de 83.400 km2, dos quais 86% pertencem ao Estado de Minas Gerais e o restante ao Espírito Santo. Abrange, total ou parcialmente, áreas de 228 municípios, sendo 202 mineiros e 26 capixabas.
Possui uma população total de 3,1 milhões de habitantes, sendo que 68,7% estão em área urbana. O êxodo rural é generalizado na Bacia. Entre os anos de 1970 e 1991 a região perdeu 615.000 habitantes, segundo dados do IBGE. Na região do médio Rio Doce, entre Tumiritinga e Aimorés (MG), houve uma redução demográfica da ordem de 40% no mesmo período (IBGE).
Em decorrência, há uma tendência de diminuição populacional nos municípios com população de até 20.000 habitantes, que representam cerca de 93% naqueles localizados na Bacia do Rio Doce.
Cobertura vegetal
A Bacia era originalmente coberta por Mata Atlântica. Devida a intensa devastação, o revestimento florístico (parte da fitogeografia que trata particularmente das famílias, gêneros e espécies ocorrentes numa determina região) originário basicamente na área do Parque Estadual do Rio Doce. As demais matas correspondem a uma vegetação que sofreu influência antrópica intensa (vegetação resultante da ação do homem sobre a natural), constituindo-se em vegetação secundária. Estima-se que menos de 7% da área possui hoje cobertura vegetal.
Segundo pesquisas realizadas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), 95% das terras da Bacia constituem pastos e capoeiras, demonstrando a predominância da atividade pecuária. As florestas plantadas, constituídas principalmente por espécies do gênero Eucaliptus são expressivas Devido às características dos solos da Bacia do Rio Doce e ao manejo inadequado, a erosão tem se tornado um dos maiores problemas ambientais na região.
Problemas ambientais
O Rio Doce representa o maior manancial de água doce no Espírito Santo, e flui com declividades menores, formando vastas áreas assoreadas em seu leito. Os sólidos suspensos e o lixo em suas águas têm causado sérios danos ambientais em seu estuário, região de desova da tartaruga marinha, monitorada pelo projeto Tamar.
Na zona rural encontram-se vastas áreas em estado avançado de desertificação, lagoas eutrofizadas, nascentes desprotegidas e processos erosivos. Da cobertura vegetal original, mais de 90% foram extintas.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação / Seama
Tels: (27) 3136-3491 / 3136-3495
E-Mails:comunicacao@seama.es.gov.br