27/02/2007 08h57 - Atualizado em
05/10/2016 11h19
Espírito Santo e Minas Gerais discutem revitalização da Bacia do Rio Doce
A secretária Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Maria da Glória Abaurre, e o vice-governador Ricardo Ferraço participam nesta terça-feira (27), às 15h30, de uma audiência com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, na qual será apresentado o programa de revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
A apresentação será feita pelo coordenador geral do projeto e conselheiro do Instituto BioAtlântica (Ibio), Eliezer Batista, que irá destacar as oportunidades de investimentos e perspectivas para novos negócios nas regiões envolvidas.
A Bacia do Rio Doce
Ações na Bacia do Rio Doce atualmente são fundamentais para recuperar esse território que, apesar de já ter contado com rios caudalosos no passado, sofre atualmente com a degradação ambiental, assoreamento, lançamento de esgoto, de efluentes industriais e agrícolas, entre outros. Isso prejudica não só o meio ambiente, mas quem depende do rio para sobreviver, como os agricultores e a própria população que se abastece de suas águas.
A Bacia é também fonte de renda, já que abriga o maior complexo siderúrgico da América do Sul e um dos 20 maiores do mundo, com produção estimada em 10 milhões de toneladas de aço por ano. Outro recurso é o café, em que a Bacia é responsável por aproximadamente 8% do volume exportado, em duas linhas diferentes do produto: robusta e arábica.
Esse território conta com cerca de 83.400 km2, dos quais 14% pertencem ao Espírito Santo e o restante ao estado de Minas Gerais. Fazem parte dessa Bacia áreas de 228 municípios, sendo 202 mineiros e 26 capixabas.
Possui uma população total de 3,1 milhões de habitantes, sendo que 68,7% estão em área urbana. O êxodo rural é generalizado na Bacia. Entre os anos de 1970 e 1991 a região perdeu 615.000 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na região do médio rio Doce, entre Tumiritinga e Aimorés (MG), houve uma redução demográfica da ordem de 40% no mesmo período (IBGE).
Como resultado, há uma tendência de diminuição populacional nos municípios com população de até 20.000 habitantes, que representam aproximadamente 93% naqueles localizados na Bacia do Rio Doce.
Cobertura vegetal
Originalmente coberta por Mata Atlântica, a intensa devastação restringiu o revestimento florístico (parte da fitogeografia que trata particularmente das famílias, gêneros e espécies ocorrentes numa determina região) originário basicamente na área do Parque Estadual do Rio Doce.
As demais matas correspondem a uma vegetação que sofreu influência antrópica intensa (vegetação resultante da ação do homem sobre a natural), constituindo-se em vegetação secundária. Estima-se que menos de 7% da área possui hoje cobertura vegetal.
Segundo pesquisas realizadas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), 95% das terras da Bacia constituem pastos e capoeiras, demonstrando a predominância da atividade pecuária. As florestas plantadas, constituídas principalmente por espécies do gênero Eucaliptus, são expressivas devido às características dos solos da Bacia do Rio Doce e ao manejo inadequado. A erosão tem se tornado um dos maiores problemas ambientais na região.
Problemas ambientais
O rio Doce representa o maior manancial de água doce no Espírito Santo e flui com declividades menores, formando vastas áreas assoreadas em seu leito. Os sólidos suspensos e o lixo em suas águas têm causado sérios danos ambientais em seu estuário, região de desova da tartaruga marinha, monitorada pelo projeto Tamar.
Na zona rural encontram-se vastas áreas em estado avançado de desertificação, lagoas eutrofizadas, nascentes desprotegidas e processos erosivos. Da cobertura vegetal original, mais de 90% foi extinta.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação / Seama
Djeisan Lettieri
Tels: (27) 3136-3491 / 3136-3495
E-mail:comunicacao@seama.es.gov.
A apresentação será feita pelo coordenador geral do projeto e conselheiro do Instituto BioAtlântica (Ibio), Eliezer Batista, que irá destacar as oportunidades de investimentos e perspectivas para novos negócios nas regiões envolvidas.
A Bacia do Rio Doce
Ações na Bacia do Rio Doce atualmente são fundamentais para recuperar esse território que, apesar de já ter contado com rios caudalosos no passado, sofre atualmente com a degradação ambiental, assoreamento, lançamento de esgoto, de efluentes industriais e agrícolas, entre outros. Isso prejudica não só o meio ambiente, mas quem depende do rio para sobreviver, como os agricultores e a própria população que se abastece de suas águas.
A Bacia é também fonte de renda, já que abriga o maior complexo siderúrgico da América do Sul e um dos 20 maiores do mundo, com produção estimada em 10 milhões de toneladas de aço por ano. Outro recurso é o café, em que a Bacia é responsável por aproximadamente 8% do volume exportado, em duas linhas diferentes do produto: robusta e arábica.
Esse território conta com cerca de 83.400 km2, dos quais 14% pertencem ao Espírito Santo e o restante ao estado de Minas Gerais. Fazem parte dessa Bacia áreas de 228 municípios, sendo 202 mineiros e 26 capixabas.
Possui uma população total de 3,1 milhões de habitantes, sendo que 68,7% estão em área urbana. O êxodo rural é generalizado na Bacia. Entre os anos de 1970 e 1991 a região perdeu 615.000 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na região do médio rio Doce, entre Tumiritinga e Aimorés (MG), houve uma redução demográfica da ordem de 40% no mesmo período (IBGE).
Como resultado, há uma tendência de diminuição populacional nos municípios com população de até 20.000 habitantes, que representam aproximadamente 93% naqueles localizados na Bacia do Rio Doce.
Cobertura vegetal
Originalmente coberta por Mata Atlântica, a intensa devastação restringiu o revestimento florístico (parte da fitogeografia que trata particularmente das famílias, gêneros e espécies ocorrentes numa determina região) originário basicamente na área do Parque Estadual do Rio Doce.
As demais matas correspondem a uma vegetação que sofreu influência antrópica intensa (vegetação resultante da ação do homem sobre a natural), constituindo-se em vegetação secundária. Estima-se que menos de 7% da área possui hoje cobertura vegetal.
Segundo pesquisas realizadas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec), 95% das terras da Bacia constituem pastos e capoeiras, demonstrando a predominância da atividade pecuária. As florestas plantadas, constituídas principalmente por espécies do gênero Eucaliptus, são expressivas devido às características dos solos da Bacia do Rio Doce e ao manejo inadequado. A erosão tem se tornado um dos maiores problemas ambientais na região.
Problemas ambientais
O rio Doce representa o maior manancial de água doce no Espírito Santo e flui com declividades menores, formando vastas áreas assoreadas em seu leito. Os sólidos suspensos e o lixo em suas águas têm causado sérios danos ambientais em seu estuário, região de desova da tartaruga marinha, monitorada pelo projeto Tamar.
Na zona rural encontram-se vastas áreas em estado avançado de desertificação, lagoas eutrofizadas, nascentes desprotegidas e processos erosivos. Da cobertura vegetal original, mais de 90% foi extinta.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação / Seama
Djeisan Lettieri
Tels: (27) 3136-3491 / 3136-3495
E-mail:comunicacao@seama.es.gov.