13/12/2006 06h24 - Atualizado em 05/10/2016 11h19

Convênio para a regionalização dos serviços de gerenciamento de resíduos sólidos no Espírito Santo será assinado nesta quarta (13)

Nesta quarta-feira (13) o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) assinam um convênio e um termo de cooperação técnica em que se propõe um estudo para a regionalização dos serviços de gerenciamento de resíduos sólidos no Estado. A cerimônia acontece, às 9 horas, no auditório da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

O objetivo do estudo é desenvolver pesquisas locais que possibilitem uma visão mais aprofundada da situação atual, que identifique aspectos referentes à forma de coleta, e destinação final dos resíduos urbanos, bem como as potencialidades locais e as alternativas para a solução dos problemas identificados.

Com esses dados será possível mapear, por região, a realidade capixaba com relação aos resíduos e apontar as soluções. Sabe-se que o panorama no Espírito Santo não difere muito do cenário nacional, mas faltam informações atualizadas sobre a questão. Recentemente, o Iema iniciou um estudo junto às prefeituras e constatou que 68% dos pesquisados destinam seus resíduos a lixões, o que representa uma média de 41,60 toneladas por dia.

Consórcios

Uma das formas de otimizar a regionalização dos serviços de gerenciamento dos resíduos sólidos é a formação dos consórcios intermunicipais. Com base na lei, os municípios podem se agrupar em microrregiões de características geográfica, topográfica e com ambientes semelhantes, para um melhor gerenciamento integrado e participativo dos resíduos.

A formação desses consórcios reduz custos, impactos ambientais, propiciando um maior aproveitamento dos resíduos e qualidade de vida para os moradores.

Resíduos

Os dados da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (IBGE, 2000) mostram que o Brasil produz cerca de 240 mil ton/dia de resíduos, com uma produção média de 1 kg por habitante/dia. Outros dados apontam que no ano de 2000 foram coletadas 149 mil ton/dia de lixo, das quais somente 2,8% foram destinadas à reciclagem, ou seja, voltaram ao ciclo produtivo; e 3,9% à compostagem.

Segundo o professor da Universidade Federal de Viçosa, João Tinoco Pereira Neto, que esteve em evento recente em Vitória, 65% do lixo brasileiro é composto por materiais orgânicos que ao se decomporem concentram uma alta carga de poluentes, o que gera a produção do chorume, líquido que pode contaminar o solo e a água. Também geram a formação de gases, como o metano, que contribuem para o aquecimento global e consequentemente para as mudanças climáticas.

Tinoco afirma também que o lixo, além de causar problemas ambientais, contribui para a proliferação de animais vetores de doenças como as moscas que podem transmitir 25 tipos de doenças infecciosas.

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