30/12/2008 08h15 - Atualizado em 05/10/2016 11h31

Convênio entre Seama e Vale vai restaurar o Parque Estadual Cachoeira da Fumaça

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Seama), em parceria com a Vale, vai promover a restauração do ecossistema de 30 hectares Parque Estadual Cachoeira da Fumaça. O projeto será realizado em três anos, com o plantio de cerca de 35 mil mudas de espécies nativas da região em substituição às árvores exóticas, principalmente o jamelão e as castanheiras.

De acordo com o gerente de recursos naturais do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Marcos Sossai, a ação visa melhorar a qualidade do ecossistema. “O parque não conserva suas características naturais. As espécies exóticas não permitem o desenvolvimento das plantas nativas, e isso gera ainda outras conseqüências, como a ameaça à vida de espécies da fauna, por falta de comida”.

O gerente explica ainda que as espécies nativas produzem durante todo o ano diversidade de alimentos, com qualidade para os animais que habitam a região, e ressalta que o solo também sofre com a falta das espécies naturais, seja pela diferença das raízes das nativas, que colaboram mais para fixação, ou pela deposição de material orgânico diferenciado, que ajuda no enriquecimento.

Equilíbrio

Para restabelecer o equilíbrio ambiental, o projeto prevê o corte anual de 1/3 das espécies exóticas, que representam 40% do total das plantas presentes no limite atual do Parque. A área começa a ser preparada em janeiro e o primeiro lote de retirada das espécies que não são naturais da região está agendado para fevereiro.

“Vamos voltar a ter no Parque espécies da flora regional, a muito esquecidas ou até desconhecidas, como o jatobá, a braúna, a canela, o cedro-rosa, a virola, os ipês, o jequitibá, o palmito Jussara, e muitas outras que serão trazidas pelos pássaros, morcegos, pacas e tatus”, enumera Sossai.

Parque Estadual Cachoeira da Fumaça

Criado em 24 de Agosto de 1984 como Reserva Florestal, passou a Parque Estadual Cachoeira da Fumaça em 21 de setembro de 1990 pelo Decreto Estadual n° 4.568-E.



O Parque é formado por fragmentos florestais de mata ciliar, vegetação rupestre e cachoeira. Parte da área de pastagem foi arborizada com espécies nativas e frutíferas. Está localizado no município de Alegre (ES), com uma área de 24,20 hectare (a área do Parque será ampliada para cerca de 162,5 hectares em 2009)

As trilhas que dão acesso à Cachoeira são curtas e demarcadas e de fácil percurso. A queda d’água possui desnível de 144 metros da qual originou o nome da Unidade de Conservação, formada pelo Rio Braço Norte Direito do Rio de Itapemirim.

A Cachoeira da Fumaça é uma das principais opções de recreação e lazer da região, recebendo em média 830 pessoas/mês durante todo ano, chegando a 1.600 pessoas/mês nos meses de janeiro e fevereiro.

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