25/04/2013 07h21 - Atualizado em 05/10/2016 12h10

Cata e comercialização do caranguejo-uçá estão proibidos até 1º de Maio

Começou nesta quinta-feira (25) e seguirá até o dia 1º de maio mais uma andada do caranguejo-uçá (Ucides cordatus), que será a última de 2013. Durante o período, em que ficam proibidos a captura, manutenção em cativeiro, transporte, beneficiamento, industrialização, armazenamento e a comercialização da espécie, o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) realiza fiscalização e ações educativas nas Unidades de Conservação do Estado que possuem ecossistema de manguezal e em seus entornos.

Na Área de Preservação Ambiental (APA) de Conceição da Barra e no Parque Estadual de Itaúnas, no Norte do Estrado, estão sendo promovidas ações educativas junto ao público que promove a cata do animal - colônias de pescadores, marisqueiros, camaroeiros, comunidades ribeirinhas - e direcionadas aos consumidores, que adquirem o caranguejo em bares, restaurantes, quiosques e mercados.

Equipes do Iema ainda realizam ações punitivas em conjunto com a Polícia Ambiental para aplicar penalidades àqueles que infringirem as proibições, estabelecidas na portaria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos nº 01-R de 07 de janeiro de 2013. Quem for abordado com caranguejos durante o período de andada, precisa apresentar nota fiscal e os vendedores, portar Declaração de Estoque para comprovar que o caranguejo foi capturado fora do período de andada. No caso do caranguejo ser proveniente de outro estado ou município, é necessária a apresentação de guia de transporte.

Além da APA de Conceição da Barra e do Parque Estadual de Itaúnas, a fiscalização ocorre na Reserva Estadual de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Concha D’Ostra, em Guarapari. Todas as ações que envolvem fiscalização e apreensão do crustáceo ocorrem em parceria entre o Iema e a Polícia Ambiental.

A andada do caranguejo-uçá é o período em que os animais saem de suas tocas para acasalar, tornando-se presas fáceis para predadores. Caso a captura fosse permitida durante a andada, a reprodução do animal ficaria comprometida, assim como a recomposição da fauna, o que traria desequilíbrio para o ecossistema e ameaçaria as comunidades tradicionais que sobrevivem da cata e comercialização do caranguejo.

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