23/06/2023 17h24 - Atualizado em 23/06/2023 18h33

Seama reúne pesquisadores e empreendedores em sustentabilidade para debater Economia Azul no Espírito Santo

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), por meio da Subsecretaria de Fomento de Negócios Sustentáveis e Investimentos de Impacto, reuniu, nessa terça-feira (20) e nesta sexta-feira (23), pesquisadores, empreendedores em sustentabilidade e servidores públicos da Seama. O objetivo foi debater, colaborar e construir uma agenda de compromissos para o desenvolvimento da chamada Economia Azul no Espírito Santo.

A agenda da Economia Azul inclui atividades econômicas que promovam o crescimento econômico baseado na preservação e regeneração do ambiente marinho, como, por exemplo, a pesca, a aquicultura, o turismo, os portos e o transporte marítimo, além da construção naval, das energias renováveis no mar, da biotecnologia azul e da robótica marinha, entre muitas outras.  

O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, ressaltou que o encontro serviu para consolidar uma agenda regional sustentável, integral e multisetorial dos espaços marítimos e costeiros. A agenda vai incluir também o acesso e a utilização dos recursos marinhos e costeiros renováveis e não renováveis, integrada aos objetivos do Programa Capixaba de Mudanças Climáticas, e que deve ser considerada como uma base para a adoção e a aplicação de políticas setoriais específicas.

“O Espírito Santo é um dos Estados mais ricos em recursos hídricos e temos um potencial gigantesco para desenvolvermos a Economia Azul. Com essa iniciativa, estamos mostrando cada vez mais que meio ambiente e geração de renda caminham juntos. Essa é uma pauta que é tocada de forma conjunta por várias secretarias, o que demonstra ainda mais a importância para o nosso Estado", disse o secretário Felipe Rigoni.

A subsecretária de Estado de Fomento de Negócios Sustentáveis da Seama, Eizen Vanderley, afirmou que o encontro serviu para mobilizar atores econômicos, com o objetivo de criar uma política pública mais aderente às demandas da academia, do setor produtivo e da sociedade. “A Seama está atenta às necessidades destes atores na formulação de suas políticas. Dar início a esse processo com os pesquisadores foi intencional no levantamento de dados e evidências. O Estado está inovando ao incorporar princípios mundiais de design thinking e política pública baseada em evidências nas discussões”, frisou.

O Espírito Santo tem particularidades que contribuem para um ambiente de oportunidades de negócios, como a vocação para o comércio exterior, além de infraestrutura portuária e o mais de 450 quilômetros de extensão costeira, podendo ter um uso sustentável do seu litoral, seja no comércio exterior, no turismo, economia da praia, gastronomia, nos esportes náuticos, passeios marítimos, na piscicultura e na ostreicultura, além do potencial de geração de energias renováveis, como a eólica offshore.

A criação de soluções sustentáveis para as comunidades tradicionais no entorno dos manguezais capixabas também foi um dos destaques do encontro. A professora Mônica Tognella, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em São Mateus, explicou as características singulares que Estado tem e que podem gerar desenvolvimento econômico e oportunidades de negócios.

“Não é possível pensar em carbono azul, sem falar em qualidade e preservação dos manguezais. O Espírito Santo tem uma diversidade de ambiente geomorfológico amplo, que precisa ter seu potencial turístico ampliado, agregando valor às atividades econômicas produzidas e, com isso, atrair oportunidades às comunidades tradicionais ali impactadas”, esclareceu Mônica Tognella.

Encontro com startups

Nesta sexta-feira (23), foi realizado no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), em Vitória, o 2º encontro para discussão sobre a economia do mar. Desta vez, os convidados foram startups capixabas que atuam na área oferecendo serviços e/ou produtos relacionados à sustentabilidade marinha. As cinco empresas participantes são apoiadas financeiramente em diferentes editais da Fundação de incentivo à inovação e foram indicadas pela Fapes para a Seama.

O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo, Denio Arantes, participou da reunião e reiterou o compromisso da Fapes no apoio às ações de incentivo a economia azul. “A economia azul é a economia do mar sustentável e esse tema é primordial quando discutimos sobre um Estado cada vez mais inovador e sustentável”, pontuou.

Segundo Denio Arantes, a Fapes, por meio de editais de fomento à inovação, já realiza esse apoio financiando projetos de startups capixabas de incentivo à economia do mar. “As cinco empresas que vieram aqui nesta sexta-feira (23) e demonstraram seus projetos reforçam que estamos no caminho certo. Fomentando políticas públicas que desenvolva o Espírito Santo em todos os aspectos e sempre destacando a sustentabilidade”, declarou.

As cinco startups convidadas foram: Giene Saneamento e Meio Ambiente, por meio do projeto “Zero Esgoto” e Easybox Tecnologia, com o projeto “Navecommerce”, sendo ambas apoiadas pelo Edital de Apoio a Projetos Inovadores e Spin Off II; a Aducan Engenharia, que oferta o serviço de inspeção subaquática, com ROV (remote operated vehicle) e a Promar, com o projeto “Moshe: Separador e Coletor de Óleo e Petróleo”, sendo ambas apoiadas pelo Edital Centelha II; e a Bloom – Agência de Mudança Para os Oceanos, que recebe apoio também do Edital de Apoio A Negócios de Impacto.

 

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