Nessa quarta-feira (04), a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) conquistou o 3º lugar no 5º Prêmio Conexão Inova, uma das principais premiações nacionais voltadas à inovação na gestão pública. O reconhecimento foi concedido ao projeto de fomento a negócios de impacto para conservação e restauração de florestas costeiras, uma iniciativa da Subsecretaria de Fomento a Negócios Sustentáveis e Investimentos de Impacto.

Promovido pela Rede Conexão Inovação Pública, o prêmio reconhece ações transformadoras nas áreas de gestão pública, políticas públicas, tecnologias disruptivas e cidadania digital em todo o Brasil. O projeto da Seama foi destaque na categoria ESG (Ambiental, Social e Governança), que valoriza iniciativas capazes de gerar impacto socioambiental positivo, ao mesmo tempo em que fortalecem práticas de governança pública inovadora, sustentável e responsável.

O projeto premiado da Seama foi estruturado em dois editais complementares. O primeiro tem foco na restauração dos manguezais, fundamentais para a adaptação climática, proteção contra enchentes e contenção da erosão costeira, utilizando metodologias de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e a participação ativa das comunidades locais.

O segundo edital apoia Negócios de Impacto Socioambiental (NISAs), com ênfase na sociobiodiversidade e na economia azul, impulsionando empreendimentos que aliam geração de renda a soluções para desafios ambientais e sociais do território.

O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, salientou que a proposta introduz no Espírito Santo conceitos inovadores que fortalecem uma nova lógica econômico-jurídica. “Não se trata apenas de mitigar danos ambientais, mas de gerar impacto social e ambiental positivo de forma ativa. Promovemos a valoração dos serviços ecossistêmicos com tecnologias sustentáveis e soluções de mercado”, ressaltou.

“O reconhecimento desse prêmio reforça que é possível transformar desafios ambientais em soluções inovadoras, sustentáveis e economicamente viáveis. Estamos provando que conservar e restaurar nossos ecossistemas, como as florestas costeiras, pode — e deve — caminhar junto com geração de renda, fortalecimento da economia local e participação ativa das comunidades. É uma agenda de desenvolvimento alinhada aos princípios de ESG, que conecta meio ambiente, inclusão social e inovação pública”, frisou o subsecretário de Estado de Fomento a Negócios Sustentáveis da Seama, Ramon Moreira.

A gerente de Desenvolvimento de Negócios da Seama, Cristina Nakamura, destacou que o projeto vai além da restauração ambiental. “Queremos restaurar relações: entre setor público e comunidades, entre economia e natureza, entre tradição e inovação. Para isso, usamos uma linguagem acessível nos editais, selecionamos negócios com soluções escaláveis, fazemos acompanhamento técnico por 12 meses e lançamos uma plataforma digital que conecta os NISAs ao mercado e a investidores”, explicou.

Amparada na Lei Estadual nº 1.027/22, uma das poucas legislações estaduais voltadas ao fomento de negócios de impacto no País, a iniciativa contribui diretamente para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), reforçando o papel do Espírito Santo como referência nacional na construção de uma economia mais justa, inclusiva e sustentável.

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