12/05/2021 18h40 - Atualizado em 13/05/2021 16h25

Projeto Barraginhas é tema de workshop organizado pela Seama

Nesta quarta-feira (12), técnicos municipais de meio ambiente de todo o Estado participam de workshop organizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), em parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embapa), com foco nos resultados do Projeto Barraginhas, lançado em 2018 e implementado em 2019. O projeto consiste em pequenas bacias responsáveis por captar enxurradas que provocam infiltração da água das chuvas no terreno e promovem a recarga dos lençóis freáticos.

Para o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fabricio Machado, compartilhar os conhecimentos técnicos e a experiência do Projeto Barraginhas com outros gestores municipais vai ajudar a motivar outros municípios a aderirem uma ideia muito simples, mas totalmente eficaz. “É preciso enxergar as barraginhas como uma ideia que une ganho de produtividade com educação ambiental ao produtor rural, porque há o combate à desertificação e também ajuda a melhorar a qualidade do solo com ideias exequíveis. Essa mudança de postura precisa ser dividida com todos”, avalia Machado. 

O projeto Barraginhas foi criado com o objetivo de ser uma opção para evitar erosões, assoreamentos, desertificação e contaminações ambientais, garantindo a melhoria da qualidade do solo e o aumento do volume de água dos mananciais, por meio da reservação da água da chuva em pequenas estruturas, construídas nas propriedades rurais, em formato de pequenas bacias ou cochinhos.

Nas palestras programadas, alguns assuntos como uso das barraginhas para transformação do solo e das microbacias foram abordados, além das consequências sociais positivas das pessoas que usufruem destas novas tecnologias, que são pequenos produtores rurais, de agricultura familiar, em sua maioria. 

Na palestra “Plantar água e transformar vidas”, o pesquisador da Embrapa de Sete Lagoas/MG, Luciano Cordoval, destacou que, com as barraginhas, houve a diminuição do êxodo rural nas áreas que antes sofriam com a falta de água, e que agora são beneficiadas pelas transformações advindas do aumento da produção, causada pela sustentabilidade hídrica gerada nestas propriedades rurais.

A experiência do município de Atílio Vivacqua também foi tema de palestra. O secretário municipal de Meio Ambiente, Márcio Menon, falou da importância do planejamento, da mobilização, do treinamento e da busca por conhecimentos técnicos, com antecedência, para tornar as barraginhas uma aliada na geração de água.

“O produtor rural precisa entender a importância da educação ambiental, porque a construção e o uso das retroescavadeiras é algo relativamente simples, e com as primeiras chuvas com as barraginhas instaladas, já é possível ver uma mudança total da propriedade. O solo ao redor da barraginha revegeta rápido”, destacou Menon.

Além de técnicos do Espírito Santo, outros Estados como Goiás, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro também tiveram técnicos inscritos no evento. 

 

Como funciona

Atualmente no módulo adotado pela Seama, a prefeitura que aderir ao projeto recebe R$ 100 mil para custear o combustível, durante o período de implantação das barraginhas, e, em contrapartida, viabiliza uma retroescavadeira para a realização das intervenções nas propriedades rurais que aceitam construir as estruturas.

Os recursos financeiros para o Projeto Barraginhas são provenientes do Fundo Estadual de Recursos Hídricos e Florestais do Espírito Santo (Fundágua). 

 

Informações à Imprensa:
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Paulo Sena
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