Programa GERAR Hidrogênio vai possibilitar novos investimentos para enfrentamento às mudanças climáticas
No final do mês de junho, no evento de Sustentabilidade Capixaba, o governador do Estado, Renato Casagrande, assinou o decreto que instituiu o Programa GERAR Hidrogênio, que tem como principal meta a ampliação e a diversificação de futuras e novas matrizes energéticas alternativas no Espírito Santo, dando o primeiro passo para incentivar a produção, armazenamento e o uso de hidrogênio sustentável no Estado, com a emissão neutra ou negativa de carbono, o chamado hidrogênio verde.
Considerado o combustível do futuro, por ser uma fonte energética renovável, inesgotável e não poluente, o Programa GERAR Hidrogênio tem como desafio promover o hidrogênio verde como alternativa de matriz energética, principalmente pela urgência da migração para a produção de energia e de produtos com baixa emissão de dióxido de carbono (CO2).
Para o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, o programa vai impulsionar ainda mais a economia capixaba. “Precisamos promover cada vez mais políticas públicas para o setor de energia. Essa é uma demanda mundial e o Espírito Santo mais uma vez sai na frente. Estamos mostrando que geração de oportunidades e meio ambiente caminham juntos. Com o GERAR Hidrogênio, queremos desenvolver e consolidar o mercado de hidrogênio sustentável e a inserção internacional do Estado em bases economicamente competitivas", disse Rigoni.
No Plano de Descarbonização e Neutralização das Emissões de GEE do Espírito Santo, o hidrogênio verde é apontado como solução de combustível com neutralidade de carbono, pois, em alguns casos, é possível associar a produção de hidrogênio à captura de carbono, gerando reduções das emissões de CO2 para a atmosfera. Com a queda nos custos das tecnologias de geração de energia elétrica renovável, o incentivo à produção desse tipo de matriz pode contribuir para que a transição energética.
Para a subsecretária de Estado de Fomento de Negócios Sustentáveis e Investimentos de Impacto, Eizen Wanderley, o objetivo é tornar o Estado um grande exportador de energia limpa e sustentável. “A busca por mudanças na matriz energética no Espírito Santo pode atrair oportunidades reais, pois o aumento da demanda global por energia, principalmente nos grandes centros industriais do mundo, como o europeu, já vem influenciando investimentos em novas matrizes energéticas e dependendo menos de combustíveis fósseis, por exemplo. E já temos tecnologia nacional que pode alavancar o processo de exportação deste tipo de energia sustentável”, explicou.
Ainda segundo o Plano de Descarbonização, há três fatores que se destacam na economia capixaba e favorecem a mudança energética baseada no hidrogênio. São eles: o potencial eólico offshore como importante fonte de energia para a produção de hidrogênio verde; a sinalização de empresas localizadas no Estado, de produção de aço, em investir na utilização de processos de redução direta baseados em hidrogênio; e o potencial de gás natural do Estado, que pode viabilizar a produção de hidrogênio azul ou turquesa.
“O hidrogênio verde, que é produzido a partir de fontes renováveis de energia, é uma fonte de energia limpa que só emite vapor de água e não deixa resíduos no ar, ao contrário do carvão e do petróleo. Isso contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Além disso, pode ser armazenado por longos períodos e transportado a grandes distâncias com custos atrativos. Por isso, vem sendo considerado o combustível do futuro”, acrescentou a subsecretária Eizen Wanderley.
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