05/07/2018 19h35

Primeira fase de projeto Reflorestar Geo Web é entregue aos Capixabas

Com o objetivo de permitir o maior fluxo de informação e conhecimento dos aspectos ambientais e socioeconômicos do Espírito Santo, e atender as necessidades de órgãos públicos e sociedade civil, no que tange a disponibilidade de dados geográficos, o projeto Reflorestar Geo Web foi entregue, nesta quinta-feira (05), para a população capixaba. O acesso é feito pelo site: reflorestargeoweb.seama.es.gov.br .

O projeto foi contratado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Seama), em uma parceira com o Instituto Jones dos Santos Neves (Jones) e está sendo realizado pelo Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). O Reflorestar Geo Web disponibiliza informação geográfica online por meio de um mapa dinâmico com imagens de altíssima qualidade, integrando dados espaciais georreferenciados e permitindo que um maior número de usuários tenha acesso de forma fácil e atraente.

O Reflorestar Geo Web permite, por exemplo, a identificação de áreas passíveis de licenciamento ambiental, monitoramento de áreas em processo de recuperação ambiental, a análise espaço-temporal do uso e ocupação do solo e localização de barragens existentes em uma bacia hidrográfica.

As prefeituras também poderão intensificar e aperfeiçoar seus trabalhos com a chegada dessa nova ferramenta. Os técnicos passam a ter mais precisão e agilidade na criação do zoneamento urbano e rural, e isso terá como resultado um melhor planejamento territorial. Além das prefeituras, o produtor rural também terá seu trabalho facilitado com o Reflorestar Geo Web. O programa vai facilitar o desenvolvimento do cadastro ambiental rural e será uma ferramenta para ajudar no planejamento da produção e também nos próximos plantios.

Para a professora Elizabeth Dell'Orto e Silva, a associação entre instituições públicas – como a Ufes e Ifes – e também a Seama, irá fortalecer a atividade de pesquisa e extensão. “Esperamos assim, promover a integração do conhecimento por meio da interação de profissionais de diferentes áreas, como funcionários de autarquias e órgãos públicos, professores, estudantes de nível técnico, estudantes de nível superior e estudantes de pós-graduação, e ainda contribuir com capacitação destes por meio do desenvolvimento de seu domínio tecnológico voltado para programação integrada de aplicativos computacionais”, afirmou.

Para o secretário da Seama, Aladim Cerqueira, a plataforma é uma ferramenta de fácil acesso e que pode ser usada para inúmeros objetivos. “Por meio da técnica de web mapping, a qual permite a disponibilização de dados espacializados via web é possível interagir com mapas na internet, não requerendo aos usuários habilidades técnicas relativas a essas geotecnologias. Em especial, informações tais como cobertura vegetal, uso da terra, altimetria, hidrografia e áreas protegidas, são variáveis importantes para a gestão estratégica de recursos ambientais. Além disso, também não é necessária a instalação de programas de geoprocessamento para o uso da ferramenta”, afirmou o secretário.

Capacitação em Geoprocessamento

Para potencializar os trabalhos que necessitem de informações georreferenciadas a partir do Reflorestar Geo Web, será oferecido pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), em parceria com a Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp), um curso de Introdução ao Geoprocessamento voltado para servidores estaduais e municipais. O programa visa apresentar os principais conceitos associados ao geoprocessamento e sua utilização como ferramenta no diagnóstico ambiental.

Segundo a diretora-presidente do IJSN, Gabriela Lacerda, a capacitação dos servidores vai contribuir para a otimização no uso da ferramenta, permitindo diagnósticos mais precisos, facilitando a tomada de decisão. “É uma excelente oportunidade de ampliar o conhecimento do servidor que necessita lidar com informações geoespaciais. Com essa formação será possível organizar e controlar melhor os processos ambientais”, explica.

Dados espaciais na internet

Um Sistema de Informação Geográfico (SIG) disponibilizado na Web para diferentes perfis de usuários é um mecanismo de fácil divulgação da informação geográfica permitindo o compartilhamento, exibição e processamento de informações espaciais que, por sua vez, ajudam na tomada de decisões em diferentes níveis de governança e promove o desenvolvimento técnico-científico.

A disponibilização de dados espaciais na internet vem sendo adotada por diversas instituições de vários países, principalmente a disponibilização de informações geográficas na internet utilizando softwares livres. Os softwares livres se destacam por terem seu código fonte aberto, permitindo que os usuários contribuam para o aperfeiçoamento destas ferramentas. O i3Geo é um exemplo de software livre desenvolvido para permitir o acesso e análise de dados geográficos pelos usuários utilizando a web.

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