O Governo do Espírito Santo deu mais um passo estratégico em sua agenda de descarbonização ao receber a visita da AXIA Energia, que apresentou estudos de um projeto pioneiro de Hidrogênio Verde (H2V), tecnologia considerada promissora para o futuro da energia limpa. A iniciativa integra um termo de cooperação firmado entre a empresa, a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e a Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP).

A reunião foi realizada na sede da Seama, em Vitória, e contou com a presença do secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni, da coordenadora do acordo, Fernanda Furtado Orletti, gerente de Integração e Desenvolvimento Sustentável da Secretaria, além de representante da AXIA Energia, Renato Cabral, especialista em e-combustíveis, que detalhou a proposta voltada à prospecção de parcerias estratégicas para a implantação de uma usina de geração de H2V no Espírito Santo.

O projeto está formalizado por meio do Acordo de Cooperação Técnica nº 007/2025, que não prevê transferência de recursos financeiros entre as partes e tem vigência até 30 de junho de 2026. O ACT estabelece as bases institucionais para o intercâmbio técnico e o aprofundamento dos estudos necessários à viabilidade do empreendimento no território capixaba.

O Hidrogênio Verde é produzido por meio da eletrólise da água, processo que utiliza exclusivamente energia renovável, como solar ou eólica, para separar a molécula de H₂O em hidrogênio e oxigênio. Por não gerar emissões de gases de efeito estufa durante sua produção, o H2V se diferencia do hidrogênio convencional e se consolida como alternativa estratégica aos combustíveis fósseis.

Ainda em fase inicial no Brasil, essa tecnologia tem potencial para colocar o Espírito Santo em posição de destaque na transição energética nacional. Entre os principais benefícios estão a substituição de fontes fósseis por uma matriz limpa, contribuindo para a redução significativa das emissões de gases de efeito estufa, além do estímulo à inovação e à atração de novos investimentos sustentáveis.

Outro eixo central do projeto é o desenvolvimento de talentos e a difusão tecnológica, com a previsão de capacitação de recursos humanos e envolvimento da academia. A proposta busca fomentar a formação de mão de obra especializada, fortalecendo o ecossistema de inovação e pesquisa no estado.

Para o secretário Felipe Rigoni, o acordo contribui diretamente para a consolidação da agenda de transição energética do Espírito Santo, ao criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de novos negócios e investimentos na cadeia do hidrogênio sustentável. Já a coordenadora do acordo, Fernanda Furtado Orletti, destaca que o crescimento do setor energético precisa estar alinhado à redução das emissões de CO₂, e que o hidrogênio sustentável surge como uma solução estratégica para promover o desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental.

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