20/09/2019 16h17 - Atualizado em 20/09/2019 17h35

Comitiva da Colômbia visita Programa Reflorestar

Foto: Flávia Fernandes/Iema

Uma comitiva do Governo da Colômbia visitou esta semana as instalações do Programa Reflorestar e o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). O objetivo foi aprender sobre o funcionamento do Programa e sua articulação com Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Fundágua), bem como o uso do módulo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA).

O grupo veio em busca de informações sobre a ferramenta de gestão on-line “Portal Reflorestar”, desenvolvida pelo Estado, para viabilizar a execução do mecanismo de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), operacionalizado pelo Programa Reflorestar. O objetivo é desenvolver uma aplicação similar na Colômbia.

Criado há oito anos, o Programa Reflorestar atende produtores rurais e vem numa escala crescente, com meta de chegar a 1,2 mil produtores rurais atendidos este ano, o que irá fazer com que alcance quatro mil propriedades em atendimento, escala inédita no País. Tanto sucesso chamou atenção do Governo da Colômbia que pretende utilizar a expertise acumulada do Reflorestar para construir uma estratégia de PSA por lá.

A troca de experiência foi idealizada por representantes da ONG The Nature Conservancy, que apoia o Reflorestar e também um projeto similar na Colômbia. Assim, além da participação de representantes da TNC Brasil e da TNC Nasca, também estiveram no encontro membros da Corpocaldas, autoridade ambiental regional da Colômbia; do Fundo de Águas de Chinchiná, município localizado na região de Caldas, na Colômbia; e de uma engenheira de projetos do Governo colombiano. 

A TNC NASCA avançou nas possibilidades de utilizar a inteligência desenvolvida para o Portal Reflorestar no desenvolvimento de uma aplicação semelhante para gerenciamento do PSA em implementação na região de Chinchiná.

Escala crescente

O Reflorestar completou oito anos em junho deste ano. Lançado em 2011, começou a operar no ano de 2013 atendendo apenas 33 propriedades rurais. Desde então, esse número só vem crescendo. No ano passado foram 1.060 propriedades rurais atendidas.

“A cada ano vamos crescendo e aumentando nossa capacidade de atendimento do produtor rural. Diria que a gente já chegou num patamar de volume de produção desejado e agora a ideia é nos aperfeiçoar cada vez mais e manter esse volume a cada ano”, revela o coordenador do Reflorestar, Marcos Sossai.

Segundo Sossai, somente este ano, 900 novas propriedades rurais já iniciaram o atendimento, de um total de 1,2 mil novas propriedades que serão atendidas até o final do ano de 2019. “Se somarmos também as operações de monitoramento das propriedades que já começaram a participar do Reflorestar em anos anteriores, somente neste ano, o Reflorestar deverá realizar cerca de 4 mil operações de campo, tudo isso com o apoio do Bandes, que é o agente financeiro e técnico do Reflorestar”, explica Sossai.

 Negócio

A recuperação ambiental pode se transformar em um bom negócio para o produtor rural quando ele opta por recuperar a floresta utilizando espécies que podem lhe fornecer renda, como o cacau, o açaí, a banana, a seringueira, dentre outras, que podem ser consorciadas com espécies de porte agronômico como o café, por exemplo.

De acordo com o modelo de apoio elaborado pelo Reflorestar, cabe ao produtor rural fornecer a mão de obra para preparar, plantar e manter os plantios, enquanto o Estado fornece recursos para aquisição de insumos como material para cercamento, mudas, adubos, etc.

Presente em 74 municípios capixabas, o Reflorestar tem atuação diferenciada a cada ano, de acordo com a biodisponibilidade de recursos financeiros. “Isso é definido por meio de edital. Sendo assim, todo ano há um edital que é publicado no Diário Oficial do Estado para definição de metas, valores de investimento, região que será atendida, entre outros pontos. Este ano basicamente estamos no Caparaó capixaba, região serrana, bacias dos rios Jucu, Santa Maria da Vitória e Reis Magos e em algumas micro bacias hidrográficas específicas do Estado, responsáveis pela produção de água que abastece alguns dos centros urbanos do Espírito Santo", informa Sossai.

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