Uma cerimônia agendada para esta sexta-feira (09), às 9h30, no Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Santa Teresa, marcará, por meio da entrega simbólica de cheques, o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) a produtores rurais para compra de insumos que serão utilizados na recuperação de beiras de rios e córregos e de nascentes, a partir de um arranjo institucional firmado entre os Comitês de Bacia da porção capixaba do Rio Doce, o Governo do Estado, o The Nature Conservancy (TNC) e o Instituto BioAtlântica (IBIO).

A união de esforços resultará, num primeiro momento, em um aumento de mais de 752 hectares de cobertura florestal e na conservação e manutenção de florestas existentes em uma área superior a 1137 hectares, em 360 propriedades contempladas, nos municípios de Afonso Cláudio, Baixo Guandu, Brejetuba, Laranja da Terra, Santa Teresa, São Roque do Canaã, Governador Lindenberg, Rio Bananal, São Gabriel da Palha e Vila Valério. A expectativa é de que o valor a ser investido, considerando os recursos dos CBHs e do Programa Reflorestar, ultrapasse R$ 13 milhões e beneficie um total de 600 propriedades rurais.

Entenda a parceria

Cientes da importância da recuperação e da conservação das áreas de preservação permanentes (beiras de rios e córregos e entorno de nascentes) para o aumento da disponibilidade hídrica e, consequentemente, diminuição dos impactos da estiagem nos cursos d’água, os CBHs dos Rios Guandu, Santa Maria do Doce e Pontões e Lagoas do Rio Doce, em parceria com o Governo do Estado, a TNC e o IBIO, investirão na adequação ambiental de 600 propriedades rurais em dez municípios do Espírito Santo, pertencentes à porção capixaba da Bacia do Rio Doce. 

A Agência de Bacia do Doce, mediante aprovação dos Comitês de Bacia e por meio do Programa de Recomposição de APPs e Nascentes (P52), investiu na contratação de empresa para a  elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e de projetos de plantio de espécies florestais para fins de conservação e/ou adoção de práticas rurais sustentáveis, no âmbito do Programa Reflorestar, que demandarão investimentos de cerca de R$ 950 mil - recurso oriundo da cobrança pelo uso de recursos hídricos de domínio da União na bacia do Rio Doce.

O IBIO, responsável pela articulação dos atores e pela efetivação da parceria, também atuou, com o apoio da TNC, na identificação de áreas prioritárias e no suporte técnico. Já o Estado do Espírito Santo, por meio do Programa Reflorestar, custeará a compra de insumos necessários à restauração florestal das áreas e, após as intervenções, também será responsável pelas ações de monitoramento das áreas, o que será feito a partir da parceria com o BANDES.

Até o momento, o Estado já investiu R$ 2,3 milhões de reais por meio do Programa Reflorestar e deverá chegar a cerca de 12 milhões de reais ao longo de 5 anos.

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